O organismo é uma só unidade; o que ocorre em uma parte afeta o todo.
(HALL e LINDZEY, s.d.)
As emoções
representam a resposta do nosso corpo para os nossos sentimentos. A antiga
medicina grega considerava que as emoções fossem capazes de desempenhar um
papel importante na saúde dos órgãos ou na ocorrência de certas doenças
vinculadas a estes.
Coração
O coração é
muito sensível aos estados emocionais. Emoções nobres, como a coragem, a
bravura, a honestidade, o altruísmo e a empatia fortalecem o coração e o
espírito da vida, enquanto as emoções menos nobres, como a culpa, o remorso e a
tendência a desistir, o enfraquece. O amor e a vontade de viver são muito
importantes para o coração. De acordo com a antiga medicina grega, é realmente
possível morrer de um coração partido. O coração é considerado vulnerável às
paixões turbulentas que podem agitá-lo e causar febres agudas.
Pulmões
Os pulmões são
um órgão muito importante que trabalha em estreita colaboração com o coração e
que é sensível e vulnerável a emoções semelhantes. A sensação de ver negado o
próprio espaço físico e vital pode causar problemas respiratórios e asma. Ao
contrário, os sentimentos de dignidade e orgulho contribuem para a abertura do
tórax e permite que os pulmões se expandam e trabalhem melhor. As emoções que
reduzem a vontade de viver são perigosas para os pulmões, especialmente a dor e
o luto. Nos pulmões é acumulada a tristeza que pode originar o aparecimento da diabetes.
Garganta
A garganta é
considerada o centro da comunicação do nosso corpo. A incapacidade de se expor
e de se expressar por meio de palavras para dizer o que se sente, pode causar
problemas de garganta. A garganta inclui também uma porção do sistema
digestivo. Fortes emoções, como a ansiedade e a tensão, podem causar problemas
tais como o clássico “nó na garganta” e causar dificuldade em engolir. As
palavras reprimidas podem causar o mesmo efeito.
Fígado e
vesícula biliar
A bílis é
produzida pelo fígado e é recolhido na vesícula biliar. Estes dois órgãos são
vulneráveis às emoções iradas, como a raiva, a irritabilidade, a frustração, o
ressentimento, o ciúme e a inveja. A ira e a raiva
podem explodir indo do fígado para a cabeça e, assim, causar dores de cabeça,
pescoço e ombro, tensão e estresse. Podem também aparecer distúrbios digestivos
provocados pelo mal funcionamento do fígado e da vesícula biliar.
O estômago,
assim como o fígado, pode coletar emoções iradas, como a raiva, a ira, o ódio e
a frustração. Quando estas emoções se acumulam no estômago, podem causar
úlceras e gastrite. Passividade, preocupação, ansiedade, tensão e stresse
bloqueiam o fluxo de energia e podem causar problemas de estômago, cólicas e
inchaço, até distúrbios como náuseas e desordens do apetite.
O intestino
está relacionado com desordens psicossomáticas e distúrbios digestivos causados
por emoções que podem começar no fígado e no estômago. Na porção média e
inferior do intestino se emaranham emoções melancólicas. O cólon é muito
vulnerável a essas emoções e pode sentir os efeitos negativos da preocupação,
da ansiedade, do stresse, da tensão e do nervosismo.
Rins
Terror, medo e choque são as emoções mais perigosas para os rins. O fluxo de energia dessas emoções é direcionado para baixo e pode minar a nossa força e a nossa segurança, mas também incentivá-las. Força e segurança estão relacionadas com o funcionamento equilibrado dos rins nas suas funções de retenção e evacuação. Medo e sustos extremos podem levar à perda do controle da função renal e à formação da chamada " pedra nos rins".
Se soubermos desenvolver mais emoções equilibradas, teremos uma vida afetiva melhor, melhorando, dessa forma, a qualidade de vida.
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